Os áudios que revelam uma apuração da Polícia Federal (PF) sobre o pagamento em dinheiro das despesas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) podem ser descartados, assim como as quebras de sigilo bancário. Isso porque, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, os descartes dos documentos. Na manifestação, Lindôra solicita a retirada do material compartilhado com outros dois inquéritos e o arquivamento do caso.
A investigação da PF coletaram as provas com autorização judicial para apurar se houve irregularidades nas transações realizadas por ajudantes de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid. Nas mensagens de áudio, o aliado de Bolsonaro demonstrou preocupação sobre o mecanismo de pagamento das dívidas. Cid temia que o esquema fosse descoberto, conforme aponta as mensagens divulgadas pelo UOL. O militar foi preso no último dia 3 de maio, durante operação da PF que apurava falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19.
Os advogados que representam o tenente-coronel, Bernardo Fenelon e Bruno Buonicore, afirmaram que, “por respeito ao STF, todas as manifestações defensivas serão feitas nos autos do processo”. Já Fabio Wajngarten, que representa Bolsonaro, declarou que “os pagamentos de fornecedores informais, pequenos prestadores de serviços, eram feitos em dinheiro a fim de proteger dados do presidente”. “Seria bom e justo incluir na matéria os valores encontrados. Seria bom também a matéria dizer como dados não relacionados ao que resultou na quebra telemática dos envolvidos foram publicitados. Não há nada de ilegal nas transações efetuadas”, escreveu, no Twitter.
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