Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste domingo (21/5), que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não compareceu à reunião bilateral marcada na Cúpula do G7, que acontece em Hiroshima, no Japão.
“A Ucrânia foi um fato muito simples. Tínhamos uma bilateral marcada às 15h15 da tarde. Esperamos e aí recebemos a informação de que tinha se atrasado. Enquanto isso, atendi o presidente do Vietnã e depois a Ucrânia não apareceu. Certamente teve outro compromisso e não pôde vir aqui. Foi simplesmente isso o que aconteceu”, explicou Lula.
O chefe do Executivo brasileiro concedeu coletiva de imprensa sobre sua passagem no encontro das sete maiores economias do mundo. O Brasil participou do evento como convidado e teve intensa agenda de encontros com líderes globais, com foco na defesa do meio ambiente.
“Não fiquei decepcionado, fiquei chateado porque eu gostaria de encontrar com ele e discutir o assunto. Por isso que eu marquei aqui no hotel, apenas isso. Mas veja, o Zelensky é maior de idade, ele sabe o que faz”, afirmou o líder brasileiro.
Lula disse ter “ouvido atentamente” o discurso de Zelensky durante a reunião, assim como o presidente ucraniano ouviu o seu. O petista ressaltou, ainda, a mobilização feita junto a representantes de países como Índia, China e Indonésia.
O presidente, porém, afirmou sentir “que nem Putin, nem Zelensky, estão falando de paz nesse momento” e que a paz “só é possível se os dois quiserem”. Lula também destacou que, em sua opinião, o discurso do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, “não ajuda” na busca pela paz quando menciona mais ataques à Rússia.
“Não é possível discutir em guerra, tem que parar a guerra. Não é possível discutir de fora para dentro. Primeiro parem a guerra, parem os tiros, as mortes, aí vamos sentar numa mesa em um território que os dois escolherem para negociar a paz. Ninguém tem um modelo [de proposta de paz] pronto, o modelo pronto será o deles”, destacou.
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