Suspeito de crimes de corrupção passiva e peculato, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, foi indiciado pela Polícia Federal (PF). De acordo com as investigações, o gestor teria envolvimento em um esquema de fraude em programas sociais durante mandatos anteriores, quando atuava como vereador e vice-governador do estado.
Castro é investigado desde 2023 com aval do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob a relatoria do ministro Raul Araújo.
As apurações da PF indicam que ele teria recebido cerca de R$ 400 mil indevidamente entre os anos de 2017 e 2019. As irregularidades teriam ocorrido nos projetos sociais Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel, nos quais havia o pagamento de propina entre 5% e 25% do valores dos contratos, somando cerca de R$ 70 milhões.
O indiciamento ocorre no âmbito da apuração que culminou na Operação Sétimo Mandamento (não furtarás). Realizada em dezembro de 2023, a ação teve como alvo o irmão de criação do governador, Vinícius Sarciá Rocha, que também acabou indiciado pela PF, apontado como um dos operadores do desvio.
Agora caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) analisar o caso e decidir se apresentará denúncia, se o arquivará, ou se pedirá mais diligências à PF.
O governador e Sarciá ainda não se manifestaram sobre o indiciamento. Até então, ambos têm negado as acusações.