Um homem foi preso em flagrante, na última quinta-feira (2), ao tentar filmar uma mulher durante o banho, no Hospital Estadual da Criança (HEC), em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia.
O suspeito, de 28 anos, não teve a identidade revelada. Ele foi conduzido, coercitivamente, a uma delegacia da Polícia Civil (PC) instalada no município. Após ser ouvido, ele foi liberado.
O caso foi registrado na 1ª Delegacia Territorial de Feira de Santana, que lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra o acusado. Ele é suspeito de produzir imagens íntimas sem autorização da vítima.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher, de 32 anos, estava utilizando o banheiro da unidade hospitalar, quando percebeu o acusado gravando imagens suas, por cima da porta. O aparelho celular do homem foi apreendido e passará por perícia.
Informações preliminares apontam que a vítima acompanhava o filho recém-nascido, que está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HEC. Ao se dirigir ao banheiro, ela teria comentado com outra mulher que iria tomar banho.
Nesse momento, o suspeito, que também acompanhava o filho no hospital, teria sugerido que a vítima usasse um banheiro específico, alegando que os outros estariam ocupados.
A mulher, então, seguiu a orientação, mas se surpreendeu ao notar a presença do homem no local. Em depoimento à polícia, ela afirmou ter gritado. Isto teria chamado a atenção dos funcionários da unidade, que foram em seu socorro.
Imagens de uma das câmeras de segurança do hospital mostram o momento em que o acusado entra no banheiro, segurando o celular. Pouco tempo depois, ele sai.
A polícia é, então, acionada e vai até a sede do Hospital da Criança, onde o suspeito é identificado e preso. Ele confessou o crime. Em depoimento, o homem admitiu que queria ver a vítima nua.
O TCO foi lavrado com base no artigo 216-B do Código Penal (CP), que trata do registro não autorizado da intimidade sexual. Posteriormente, o documento foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal (JeCrim), para dar seguimento à tramitação.
Apesar de ser crime, o ato cometido pelo acusado é considerado de menor potencial ofensivo, não implicando a manutenção da prisão em flagrante.
O Hospital Estadual da Criança se manifestou por meio de nota. No documento, a instituição informa que, ao tomar conhecimento dos fatos, teria acionado a polícia, em caráter imediato.
Segundo a unidade, a vítima foi acolhida pela equipe interdisciplinar do hospital e todas as providências necessárias, tomadas. “A mãe em questão foi acolhida pela equipe interdisciplinar da unidade. O hospital ressalta, também, que continuará acompanhando o caso”, declarou o HEC.
*Com informações do g1 BA.