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Políticos de Israel trocam ataques após Brasil pedir investigação de soldado

A determinação é da juíza federal Raquel Soares Charelli, datada de 30 de dezembro de 2024, com despachos em 3 de janeiro para envio de material à PF.

Por: Site Feira 24 Horas
06/01/2025 às 14h35
Políticos de Israel trocam ataques após Brasil pedir investigação de soldado

O pedido da Justiça para que a Polícia Federal (PF) investigue um soldado israelense em solo brasileiro gerou um furor entre os políticos de Israel.


O líder da oposição israelense, Yair Lapid, disse: “O fato de um soldado da reserva israelense ter que fugir do Brasil no meio da noite para evitar ser preso por lutar em Gaza é uma falha política monumental de um governo que é simplesmente incapaz de funcionar.”


Lapid, que chegou a ser premiê do país em 2022, questionou “como chegamos ao ponto em que os palestinos são melhores que o governo israelense na arena internacional”.
“Não pode ser que os soldados das FDI  regulares e de reserva  tenham medo de viajar para o exterior por medo de serem presos”, concluiu.


O chanceler do governo israelense, Gideon Saar, retrucou dizendo que “Lapid, o charlatão, sabe muito bem que tais casos também aconteceram durante o seu mandato”.


Saar acrescentou que “até Lapid sabe que o que estamos testemunhando é uma campanha sistemática e antissemita que visa negar o direito de Israel à autodefesa”.


“Inúmeros atores internacionais e muitos países são cúmplices disso”, continuou o chanceler, que chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “antissemita”.


Lapid fez uma tréplica dizendo que o chanceler “tem muito tempo para escrever comentários infantis sobre questões sérias”.


“Em vez de proteger nossos soldados que são perseguidos no mundo, sugiro que, em vez disso, você faça o seu trabalho, para variar”, completou.


O pedido de investigação do soldado em solo brasileiro veio de uma determinação da Justiça Federal. A investigação será conduzida pela PF, com pedidos de diligências do Ministério Público Federal (MPF).
A determinação é da juíza federal Raquel Soares Charelli, datada de 30 de dezembro de 2024, com despachos em 3 de janeiro para envio de material à PF.


O pedido inicial de investigação foi feito por meio de uma notícia-crime formulada pelos advogados Maira Machado Frota Pinheiro e Caio Patrício de Almeida, que alegaram que Yuval Vagdani, cidadão israelense e possível “criminoso de guerra”, encontra-se em território nacional e que, por isso, o Estado brasileiro, como signatário de tratados internacionais, como a Convenção de Genebra e o Estatuto de Roma, tem o dever de reprimir tais crimes, mesmo que tenham sido cometidos fora do território nacional.


A suspeita inicial é que o israelense estaria em Morro de São Paulo, na Bahia, e, por isso, o caso começou a tramitar no estado. No entanto, foi repassado ao Distrito Federal por questões legais.


A juíza plantonista da comarca de Salvador, após parecer do MPF, enviou o caso para Brasília com fundamento no art. 88 do Código de Processo Penal. O artigo estabelece que, para crimes cometidos fora do território brasileiro, a competência é da capital do estado onde o acusado residiu por último.


Soldado deixou o país com ajuda do governo de Israel


O Ministério das Relações Exteriores de Israel disse, neste domingo (5), que “após uma tentativa no último fim de semana por elementos anti-israelenses de investigar um soldado israelense dispensado que visitou o Brasil, o ministro das Relações Exteriores Gideon Saar imediatamente ativou o Ministério das Relações Exteriores para garantir que o cidadão israelense não estivesse em perigo”.

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