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Prepare o bolso: café e carnes podem subir até 20% neste ano

“No caso do frango, não é questão de oferta. Mas como o preço da carne sobe, as pessoas aumentam o consumo da outra proteína.

Por: Site Feira 24 Horas
29/01/2025 às 16h38
Prepare o bolso: café e carnes podem subir até 20% neste ano

Analistas sugerem que o Brasil deve se preparar para um aumento nos preços dos alimentos em 2025. Economistas divergem sobre a extensão dessa alta, influenciada por fatores como clima e câmbio. Carnes e café estão entre os itens que devem encarecer significativamente, o que pode impactar o governo, já de olho nas eleições de 2026.


Para o economista-chefe da G5 Partners, Luis Otavio Leal, a alta nos alimentos será de 5%, abaixo da média histórica de 7%. Ele destaca carne bovina e café como os principais responsáveis, com aumentos de 7,5% e 20%, respectivamente. Frango  (8%), arroz (9,1%) e leitelonga vida (5,5%) também devem subir.


“São alimentos que acabam tendo muita sensibilidade ao consumidor”, disse Leal, ao jornal O Globo. “No caso do frango, não é questão de oferta. Mas como o preço da carne sobe, as pessoas aumentam o consumo da outra proteína.”


Projeções de aumento nos preços


Já o economista da XP Alexandre Maluf projeta um aumento ainda maior, de até 9,2% nos preços de alimentos e bebidas. A  carne bovina pode subir até 20% e o frango, 14%. “Vimos uma escalada de preços no fim de 2024 e devemos ver uma alta similar no segundo semestre deste ano”, afirmou ao jornal. “A inversão do ciclo da pecuária faz parte do negócio do próprio setor, e não existe política governamental que consiga intervir nisso no curto prazo."


A oferta global limitada de café e carnes pressiona os preços, com o preço do café arábica em R$ 2.387,85 por saca de 60 kg  um aumento de 132% em um ano, conforme dados do Cepea, compilados pela MB Agro.


Impacto das políticas do Brasil nas previsões

A política fiscal do governo é vista como um entrave para a melhora nas previsões de preços.
Leal ressaltou a necessidade de estoques reguladores para ajustar as altas, com destaque para a escassez de reserva de café, desde 2018.


Por sua vez, o Ministério do Desenvolvimento Agrário do Brasil associa o aumento dos preços das commodities, como café, açúcar, laranja e carne, a fatores de clima e ao mercado internacional.

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