Conforme vem sendo noticiado desde o mês passado, um asteroide com potencial destrutivo suficiente para arrasar uma cidade pode se chocar contra a Terra em 22 de dezembro de 2032. O tamanho do objeto é estimado em 55 metros altura do Castelo da Cinderela, no Walt Disney World Flórida, em Orlando (o equivalente a um prédio de 18 andares).
Denominado 2024 YR4, o objeto atualmente tem 3,1% de chance de impactar o planeta, segundo a NASA. Apesar de parecer uma probabilidade pequena, já é quase três vezes maior do que a estimativa inicial, que apontava 1,2%. Por esse motivo, ele tem sido continuamente monitorado e investigado, em uma espécie de corrida contra o tempo.
Embora essa rocha espacial seja a mais ameaçadora já registrada na era moderna, especialistas afirmam que não há razão para preocupação. “Não estou em pânico”, disse Bruce Betts, cientista-chefe da organização sem fins lucrativos Sociedade Planetária, na Califórnia, à AFP. “Naturalmente, quando se vê as porcentagens subirem, isso assusta”, acrescentou, explicando que, à medida que os astrônomos coletam mais dados, “a probabilidade provavelmente aumentará antes de cair rapidamente para zero”.
O asteroide 2024 YR4 viaja pelo espaço a quase 48 mil km/h e, se colidir com a Terra, deve explodir na atmosfera, liberando cerca de 8 megatons de energia, mais de 500 vezes a potência da bomba atômica de Hiroshima. Apesar de não ter força suficiente para causar um evento global, a destruição provocada por um possível impacto seria catastrófica para qualquer grande cidade atingida.
Em 7 de fevereiro, o asteroide foi registrado pelo telescópio Gemini do Sul, de 8,1 metros, localizado em Cerro Pachón, nos Andes chilenos. Na ocasião, ele estava a cerca de 59,5 milhões de km da Terra e 209 milhões de km do Sol.
Na projeção abaixo, vê-se que o corredor de impacto potencial da rocha abrange o Pacífico oriental, o norte da América do Sul, Atlântico, África, Península Arábica e Sul da Ásia. No entanto, Richard Moissl, chefe do escritório de defesa planetária da Agência Espacial Europeia (ESA), reforça que é muito cedo para as pessoas considerarem decisões drásticas como evacuação.