A chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Anatalina Lourenço da Silva, recebeu, no dia 15 de abril, em Brasília (DF), representantes da ABGLT, uma organização que reúne coletivos LGBTQIA+, incluindo pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais. Durante o encontro, o grupo entregou a Carta de Brasília, que contém propostas de políticas públicas voltadas para ampliar o acesso da população LGBTQIA+ ao mundo do trabalho.
O documento é resultado do 1º Seminário de Empregabilidade LGBTQIA+, realizado em novembro de 2024, em Brasília. O seminário foi uma iniciativa da Aliança Nacional LGBTI+ em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, apoio do Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho, Organização Internacional do Trabalho e diversas entidades da sociedade civil.
Durante o encontro, Anatalina destacou a importância do diálogo entre o governo e os movimentos sociais. "O Ministério do Trabalho, sob a liderança do ministro Luiz Marinho, entende que o mundo do trabalho precisa ser antirracista, inclusivo e refletir a diversidade do povo brasileiro", afirmou. Ela ressaltou que é essencial ter um olhar atento para populações historicamente marginalizadas, como a comunidade LGBTQIA+, e enfatizou que a parceria com organizações do movimento social é fundamental para garantir oportunidades de emprego e renda para esses grupos.
Nesta gestão do presidente Lula foi a primeira vez que a população LGBTQIA+ foi incluída no Plano Plurianual (PPA) com orçamento próprio. “Isso permite o desenvolvimento de políticas específicas.
Já estamos em diálogo com os ministérios da Educação e do Trabalho para formalizar o Plano Nacional de Trabalho Digno voltado à população LGBTQIA+”, explicou Anatalina. “Segundo ela, estão em andamento iniciativas para a criação de um sistema nacional de dados e a formação de defensores da população LGBTQIA+ em todo o território nacional. “O compromisso do governo federal é garantir que todas as pessoas tenham acesso digno ao trabalho, sem discriminação, com respeito às suas identidades e trajetórias de vida”, disse ela.