Milhares de civis participaram na Ucrânia, neste final de semana e no anterior, de programas de treinamento para combate criados e administrados pelo governo e por grupos paramilitares privados e que integram o plano estratégico de defesa do país no caso de uma possível invasão pela Rússia. Entre os participantes havia idosos e crianças.
O objetivo do governo ucraniano não é superar o poderio militar russo, algo virtualmente impossível para a Ucrânia, e sim criar uma forma de resistência civil que torne impraticável uma ocupação por uma força estrangeira.
A prática não é algo que surgiu devido à recente escalada na tensão. Uma reportagem publicada no final de dezembro pelo jornal americano "The New York Times" afirma que, com a iniciativa, a Ucrânia parece tirar lição das guerras combatidas nas últimas duas décadas pelos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão, quando guerrilheiros forneceram resistência duradoura em face de um poder de fogo americano muito superior.
"Temos um exército forte, mas não forte o suficiente para nos defendermos da Rússia", afirmou ao jornal a médica Marta Yuzkiv, que se inscreveu para participar do treinamento. "Se formos ocupados, e espero que isso não aconteça, nos tornaremos a resistência nacional."
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