Os familiares de Jefferson Bento Santana, chegaram cedo na manhã desta terça-feira (21), no Conjunto Penal de Feira de Santana, para aguardar a soltura do motorista de aplicativo.
Jefferson passou nove meses preso, após ser acusado de praticar assaltos com outros dois homens. Na tarde de ontem (20), o advogado do motorista, Marcos Silva, entrou com um pedido de liminar para a liberdade do cliente no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Desde que foi preso, Jefferson tenta provar que não tem ligação com os crimes. Sua defesa alega que, no dia da ocorrência, dois passageiros entraram no carro que ele conduzia como motorista por aplicativo e, em seguida, iniciaram uma série de assaltos.
No dia 8 de junho, a Justiça negou o pedido de liberdade feito pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) em abril deste ano. No dia 31 de maio, a defesa de Jefferson Bento Santana informou que a perícia feita no celular dele não apresentou ligação com os outros dois suspeitos de cometerem os crimes.
De acordo com a defesa de Jefferson Santana, o laudo da perícia do veículo do motorista concluiu que o carro não tinha irregularidades. A Polícia Civil não confirmou as informações.
Jefferson tem 26 anos e trabalhava como técnico em refrigeração em um hospital. Ele fazia corridas nas horas vagas, para complementar a renda.
No dia do crime, ele já havia encerrado o expediente e aceitou uma corrida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Queimadinha, com destino a UPA da Mangabeira.
Em depoimento à polícia, Jefferson contou que os passageiros anunciaram o assalto ao entrarem no veículo e o obrigaram a seguir o trajeto da corrida. No caminho, oito pessoas teriam sido assaltadas e o carro do trabalhador foi filmado por câmeras na cidade.
Após um dos crimes, Jefferson se jogou do carro em movimento e o veículo seguiu desgovernado até bater em um poste. Ele e os outros dois suspeitos foram presos em flagrante após as vítimas prestarem queixa à polícia.
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